O que dizem sobre nós
Um mês de cada vez
E num voo passámos os 5 e os 6 meses. A minha bebé já tem meio ano ( uau ) e é um poço de simpatia.
Sou uma mãe ultra babada porque adoro esta característica da Vitória : ri muito, presta muita atenção às pessoas e tem uns olhinhos doces que nos derretem em mil beijos e abracinhos.
Estamos – aos poucos – a tentar encontrar o melhor equilíbrio entre as necessidades de todos. Já sabem que sou aquela chata que acha que todos precisamos dos nossos ritmos e dos nossos tempos. A Vi é a nossa prioridade – o conforto e o bem-estar dela sempre em primeiro lugar – mas… eu também tenho de trabalhar, tenho de encontrar um tempinho para as minhas coisas e não devo – nem posso – sentir-me mal por ter essa necessidade.
Faço uma ginástica diária para coordenar horários e compromissos e quando é mesmo necessário desmarcar… desmarca-se. Certo? Claro que esta é a atitude lógica e é o passo que costumo dar… mas às vezes bamboleio até parar aquele sentimento esquisito aqui dentro que me diz : está tudo certo, e mesmo que as pessoas não compreendam, ou que seja mesmo chato desmarcar alguma coisa em cima da hora… esta é a atitude correcta.
Será justo partilhar que os meus principais receios foram resolvidos sem dramas : a Vi adora comer e … adora a escola. Entrego-a de olhos fechados porque todos os dias vejo o carinho com que tratam todos os bebés, as actividades… os momentos de mimo. Por brincadeira até costumamos dizer que a estragaram na escola porque agora exige atenção! A Gena, a Rita e a Bela são 3 pessoas incriveis que arrancam sorrisos malandros à minha boneca. Adora brincar, entretém-se com tudo , gosta de conversa e nem queiram saber como reage a certas musicas! Dança e ri às gargalhadas – numa descoordenação tão doce que nos faz dançar e rir com ela. Já se tenta sentar e nem vos passa pela cabeça a quantidade de vezes que por estar mais irritada ou por enfiar as mãos na boca ouço ou dou por mim a dizer : são dentes. Mas não há sinais deles! E tenho dificuldade em eleger o melhor momento do nosso dia mas vou arriscar dizer que é o banho, onde se delicia com os patinhos na água… depois uma massagem e muitas gargalhadas – usamos o Tri-Active da Mitosyl – e finalmente um pijama quentinho, o leite e miminho no colo.
Ver a Vitória a brincar traz-me muitas vezes à terra. É capaz de ficar maravilhada com objectos tão comuns como a xuxa com que anda todos os dias. E eu ponho-me a pensar que nós – os mais crescidos – estamos sempre à procura de novos estimulos e novos “objectos”. E o sorriso com que acorda todos os dias? É uma felicidade ver-nos, receber um dia novo, começar a brincar, o colinho… os beijinhos! Quantos de nós acordamos assim? Sorridentes e gratos por ver que à nossa volta tudo continua a acontecer?
Nestes meses tenho tido os meus altos e baixos. Há momentos em que o fluir natural das coisas atrapalha os planos que tinha para mim, as coisas que preciso de fazer. Muitas vezes os horários são uma condicionante e sinto a frustração. Apesar de me sentir mais adaptada ( ou direi… conformada? ) há dias em que preciso de um STOP. De respirar fundo. Há uma semana cheguei a casa – depois de um dia normal – e tudo o que queria era deitar-me no sofá e não pensar em nada. Claro que a Vitória chorava porque queria brincar, ou reclamava porque tinha fome, havia o banho, a massagem, o miminho… e eu a ficar cada vez menos disponivel… ela cada vez mais ansiosa. Uma pequena bola de neve. A dada altura já era eu que precisava de chorar e adivinhem? Não tinha tempo. É nestes momentos que é importante ter uma rede, um porto seguro que nos permita dizer “pega nela 10 minutos” e arranjamos força para nos restabelecer, para respirar fundo para um colo mais musculado.
Horas de sono em défice, muitos livros por terminar e sessões de cinema adiadas. Uma bebé espectacular!
by A Melhor Amiga da Barbie